Sexta-feira, 6 de Novembro de 2009

Genealogia!


Cada vez mais se assiste à procura dos serviços de especialistas, ou à investigação por conta própria, no sentido de se saber mais sobre os nossos antepassados familiares. Este fenómeno pode ser encarado por alguns como sendo uma “moda” passageira. Contudo, estamos em crer que os motivos também se prendem com a necessidade de cada um procurar e encontrar as suas raízes próprias, contribuindo assim para o desenvolvimento da identidade pessoal. Esse facto ainda se torna mais relevante se tivermos em conta quão desconsiderada se encontra a identidade colectiva, por muitos intitulada como sendo um valor retrógrado e até equiparada a sentimentos de ultra-nacionalismo e xenofobia.

Se está a pensar em iniciar o estudo dos seus ascendentes familiares, procurando ir o mais longe possível no passado, deixamos-lhe aqui algumas sugestões da responsabilidade dos serviços da Torre do Tombo.

“A Genealogia é o ramo da História que se dedica ao estudo das famílias, à sua origem e evolução, descrevendo as gerações em cadeia (em sentido ascendente ou descendente) e traçando, sempre que possível, as biografias dos seus membros. Se pretende conhecer as suas raízes familiares e estudar a sua ascendência, tenha em conta as seguintes indicações:
Qualquer trabalho de pesquisa genealógica deverá iniciar-se tendo por base os assentos de baptismo, de casamento e de óbito, registados nos livros paroquiais (livros de baptismos, de casamentos e de óbitos). Por vezes, os livros paroquiais são mistos, isto é, concentram no mesmo livro registos de baptismos e de casamentos ou de óbitos. Esta situação é sobretudo frequente nos livros mais antigos. Estes registos estavam a cargo dos párocos, motivo porque cada livro só inclui assentos de uma paróquia ou freguesia.
Sobretudo através dos assentos de baptismo e de casamento obtêm-se informações essenciais para o estudo de qualquer família, como sejam: duas ou até três gerações com os nomes das pessoas, datas, naturalidades, moradas, profissões, relações de parentesco com os padrinhos e testemunhas, etc.

O registo dos baptismos e dos casamentos “em livro próprio” só passou a ser obrigatório a partir de 1563 (por força de uma norma da 24ª sessão do Concílio de Trento), muito embora numerosas paróquias já o praticassem anteriormente. A obrigatoriedade do registo dos óbitos data de 1614. Os livros paroquiais com menos de 100 anos encontram-se ainda nas Conservatórias do Registo Civil, enquanto os mais antigos acham-se por norma depositados nos Arquivos Distritais.
Se apenas tem conhecimento dos nomes dos seus avós, deverá iniciar a sua pesquisa procurando obter uma certidão do registo de nascimento dos seus pais, dirigindo-se para o efeito à respectiva Conservatória do Registo Civil. Através deste documento fica a conhecer os nomes dos seus bisavôs, bem como outros elementos biográficos. O mesmo deverá depois fazer para os registos de nascimento dos seus avós, através dos quais ficará também a conhecer os seus trisavôs. No caso de os seus avós terem nascido há mais de 100 anos, deverá procurar os respectivos assentos de baptismo nos Arquivos Distritais.
Sempre que procurar um assento de baptismo ou de casamento no tempo, tenha presente que normalmente as gerações têm intervalos médios de 25 anos. Porém, há sempre excepções. À medida que vai conhecendo os seus antepassados e construindo a sua árvore genealógica, com base nos registos paroquiais, poderá simultaneamente consultar outras fontes documentais manuscritas que se encontram à sua disposição nos Arquivos Distritais (fundos paroquiais e cartórios notariais) e na Torre do Tombo, as quais lhe permitirão enriquecer as biografias das pessoas que são objecto do seu estudo.”

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